Aquele que dizem que matou: o acontecimento, o estranhamento e o desvelar dos espac?os sociais de uma comunidade Pantaneira

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Andhressa Heloiza Sawaris Barboza
Sueli Pereira Castro

Resumo




O impulso a? realizac?a?o deste trabalho foi, primeiramente, o estranhamento diante do universo pesquisado, a comunidade de Sa?o Pedro de Josela?ndia, aproximadamente 170 km de Cuiaba?, distrito de Josela?ndia, munici?pio de Bara?o de Melgac?o – Mato Grosso, localizada entre dois importantes rios do Pantanal: Rio Cuiaba? e Rio Sa?o Lourenc?o. As comunidades que compo?em o distrito (Sa?o Pedro, Mocambo, Pimenteira, Retiro Sa?o Bento, Colo?nia Santa Izabel, Capoeirinha e Lagoa do Algoda?o) sa?o interligadas na?o somente pela definic?a?o geogra?fica, mas tambe?m por uma rede de parentesco (consanguinidade, afinidade e compadrio), que nos permite referencia?-la como campesina, tendo a fami?lia e a terra como eixos axiais de seu modo de vida. Na primeira inserc?a?o em campo estava ocorrendo a Pareia Pantaneira, uma corrida de cavalos que acontece uma vez ao ano durante o feriado de Independe?ncia Nacional. Na Pareia aparecem ainda mais expressivamente elementos de uma sociabilidade agoni?stica. O que no cotidiano pode estar velado, no evento ganha uma dimensa?o expressiva. Foi durante a primeira viagem de campo, no evento da Pareia, que conheci Manoel Gonc?alo Amorim, pouco antes de ele ser assassinado naquele mesmo dia. Os primeiros estranhamentos se seguiram nos anos seguintes ao acontecimento, diante das expresso?es usadas na comunidade para falar sobre o assassinato acima citado: “aquele que dizem que matou”, ou, “foi um suici?dio”. Os co?digos acionados por estes agentes sociais que da?o significado ao assassinato constituem o objeto de uma etnografia, da qual apresentamos aqui alguns elementos significativos.




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Como Citar
Barboza, A. H. S. ., & Castro, S. P. . (2015). Aquele que dizem que matou: o acontecimento, o estranhamento e o desvelar dos espac?os sociais de uma comunidade Pantaneira. Raízes: Revista De Ciências Sociais E Econômicas, 35(1), 47–61. Recuperado de https://raizes.revistas.ufcg.edu.br/index.php/raizes/article/view/425
Seção
Artigos

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