Feiras alimentares e mercados territoriais a estrutura e o funcionamento das instituições de ordenamento das trocas locais

Conteúdo do artigo principal

Maria Sirlene da Cruz
https://orcid.org/0000-0002-4216-4834
Sergio Schneider
https://orcid.org/0000-0002-4353-6732

Resumo

O artigo tem como objetivo apresentar as instituições (normas tácitas e formais) que conformam as feiras no Vale do Jequitinhonha e no norte do estado de Minas Gerais. Essas feiras podem ser compreendidas como mercados territoriais a partir do conjunto de instituições, atores, estruturas e das relações de poder que se constituem no território. Com base na revisão de literatura sobre as feiras e nos referenciais da abordagem institucional de mercados, destacou-se que as relações de confiança, a qualidade e a diversidade de produtos são algumas das principais dimensões pelas quais funcionam e se estruturam as feiras e os mercados locais. O estudo também tentou mostrar que, embora os mercados locais se ordenem em torno de regras e normas próprias, eles estão imersos em um sistema externo de regulação pelos quais operam os mercados globais, tais como normas oficiais de controle, de inocuidade sanitária, leis e preços que geram pressão nos sistemas agroalimentares localizados.


 

Detalhes do artigo

Como Citar
Cruz, M. S. da, & Schneider , S. (2022). Feiras alimentares e mercados territoriais: a estrutura e o funcionamento das instituições de ordenamento das trocas locais. Raízes: Revista De Ciências Sociais E Econômicas, 42(1), 93–113. https://doi.org/10.37370/raizes.2022.v42.769
Seção
Dossiê: Desenvolvimento rural e a Cesta de Bens e Serviços Territoriais
Biografia do Autor

Maria Sirlene da Cruz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduada em Administração pela Anhanguera Educacional (2011); mestre em Sociedade, Ambiente e Território pela Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade Estadual de Montes Claros (2019) e doutoranda em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Integrante do Núcleo de Pesquisa e Apoio à Agricultura Familiar (NPPJ-UFMG) e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento (GEPAD-UFRGS). Possui artigos publicados em renomados periódicos e eventos científicos na área do desenvolvimento rural. Temas que trabalha: agricultura familiar, mercados alimentares, políticas públicas e desenvolvimento rural. Possui experiência na área da gestão pública, do cooperativismo e do desenvolvimento territorial.

Sergio Schneider , Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professor Titular do Departamento de Sociologia e membro permanente dos Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural (www.ufrgs.br/pgdr) e de Sociologia (www.ufrgs.br/ppgs) da UFRGS. Pós-doutor na City University of London com o Prof. Tim Lang (2015-2016 e no Institut of City and Regional Planning, na Cardiff University/Wales/UK, com Terry Marsden (2007-2008). Concluiu o Doutorado em Sociologia (UFRGS/Université Paris X) em 1999, o Mestrado em Sociologia (UNICAMP) em 1994 e a Graduação em Ciências Sociais (UFRGS) em 1990. É Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq desde 2003. Atual Vice Presidente da IRSA (International Rural Sociology Association). Coordena o grupo de pesquisa GEPAD, credenciado pelo CNPq. Leciona as disciplinas de sociologia da ruralidade, do desenvolvimento e políticas de desenvolvimento rural na graduação e teorias do desenvolvimento, agricultura familiar e sociologia da alimentação na pós-graduação. Pesquisa nas áreas de sociologia rural, da alimentação e do desenvolvimento, tendo como temas a agricultura familiar, análise de processos de diferenciação social e econômica no meio rural, políticas públicas e o papel do Estado, cadeias alimentares curtas, políticas de abastecimento e sistemas agroalimentares. Coordena 4 Projetos de pesquisa e integra a iniciativa internacional BICAS (Brics Initiative for Critical Agrarian Studies), atuando em pesquisas com a China Agricultural University e a Russian Presidential Academy of National Economy and Public Administration (RANEPA). Tem 3 livros publicados e organizou outros 8 em coletivos. Possui 90 capítulos de livros, 160 artigos em periódicos e 83 trabalhos em anais de congressos. Foi orientador de 7 supervisões de pós-doc e 43 pós-graduandos, sendo 23 teses de doutorado e 27 dissertações de mestrado, além de 13 alunos de iniciação científica, e 9 monografias de graduação. Recebeu 8 prêmios, incluindo o Premio Pesquisador Destaque FAPERGS em Sociologia do Rio Grande do Sul (2017), Melhor Tese de Doutorado e Melhor Dissertação de Mestrado, Melhor artigo pela FAO-RCL e o trabalho vencedor do Premio CNPq de Genero/2012, conferido a Carolina B. Castilho e Silva. Coordena a Série Estudos Rurais da Editora da UFRGS. Foi presidente da SOBER (mandato de 2011-2013) Sociedade Brasileira de Economia, Sociologia e Administração Rural e Vice Presidente da ALASRU (2014-2018), Associação Latinoamericana de Sociologia Rural). Atua como parecerista de periódicos científicos do Brasil e do exterior. É consultor de organizações nacionais e internacionais em temas sobre desenvolvimento rural, agricultura e alimentação (FAO, WHO, FIDA, CEPAL, CIRAD, União Européia).

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