Organização, trabalho e cuidado: uma trajetória de mulheres camponesas no oeste de Santa Catarina

Conteúdo do artigo principal

Yamira R. S. Barbosa
https://orcid.org/0000-0003-2231-461X
Débora F. Lerrer
https://orcid.org/0000-0003-1909-349X

Resumo




O artigo descreve a trajeto?ria das mulheres que fundaram o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), o contexto e os fatores que favoreceram o surgimento de um movimento de mulheres agricultoras nos anos 1980. A pesquisa se baseou na ana?lise de documentos, revisa?o bibliogra?fica, me?todo de observac?a?o participante e entrevistas semiestruturadas com suas fundadoras. O trabalho descreve o percurso pelo qual passaram para obterem reconhecimento enquanto trabalhadoras rurais e acesso a direitos, aponta como surgiu o MMC e seu atual projeto de agricultura camponesa e feminista em que o “cuidado” tornou-se um valor fundamental.




Detalhes do artigo

Como Citar
R. S. Barbosa, Y., & F. Lerrer, D. (2018). Organização, trabalho e cuidado:: uma trajetória de mulheres camponesas no oeste de Santa Catarina. Raízes: Revista De Ciências Sociais E Econômicas, 38(2), 88–101. https://doi.org/10.37370/raizes.2018.v38.12
Seção
Artigos

Referências

BATTHYÁNY, K. Cuidado de personas dependientes y género. In: AGUIRRE, R. Las bases invisibles del bienestar social: el trabajo no remunerado en Uruguay. Montevideo: UNIFEM, 2009. p. 87-124.
BOFF, L. O cuidado essencial: princípio de um novo ethos. Inclusão Social, Brasília, v. 1, n. 1, out./mar, 2005, pp. 28-35.
BONI, V. Poder e igualdade: as relações de gênero entre sindicalistas rurais de Chapecó, Santa Catarina. Estudos Feministas, Florianópolis, 12(1), janeiro-abril, 2004, pp. 289-302.
BOURDIEU, P. A dominação masculina. A condição feminina e a violência simbólica. Rio de Janeiro: Edições BestBolso, 2014.
BRUMER, A. Previdência social rural e gênero. Sociologias, Porto Alegre, ano 4, n. 7, jan./jun. 2002, p. 50-81.
CAPORAL, F.R.; COSTABEBER, J.A. Agroecologia: Alguns Conceitos e Princípios. Brasília: MDA/SAF/DATER-IICA, 2004.
CARNEIRO, M. J. Ruralidade: novas identidades em construção. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, n° 11, 1998, pp. 53-75.
CHAPECÓ. Chapecó em dados. Relatório de 2015. Disponível em: http://goo.gl/POhGR. Acesso em: 11/05/2016
CHOINASKI, L. Uma experiência prática de luta. In: BORBA, A., FARIA, N.,GODINHO,T.(org.) Mulher e política: gênero e feminismo no Partido dos Trabalhadores. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2000.
DESMARAIS, A. A. A Via Campesina: a globalização e o poder do campesinato. São Paulo: Cultura Acadêmica; Expressão Popular, (Vozes do campo), 2013, p. 1-103.
FEDERICI, S. Caliban e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2017
FRASER, N. O feminismo, o capitalismo e a astúcia da história. Mediações, Londrina, v. 14, n.2, p. 11-33, Jul./Dez. 2009.
FRASER, N. Três ciladas para o Feminismo. Outras mídias. 22 de fevereiro de 2017. Disponível em: https://goo.gl/2rHPG5. Acesso em: 08/03/2017.
HEREDIA, B. M. A; CINTRÃO, R. P. Gênero e acesso a políticas públicas no meio rural brasileiro. Revista NERA, Presidente Prudente, Ano 9, n. 8, Jan./Jun. 2006, pp. 1-28.
MEDEIROS. L. S. Movimentos sociais no campo, lutas por direitos e reforma agrária. In: CARTER, M. (Org.). Combatendo a desigualdade social: o MST e a reforma agrária no Brasil. São Paulo: Editora UNESP, 2010, pp. 113-136.
PAIM, E. A. Aspectos da constituição histórica da região oeste de Santa Catarina. Saeculum. Revista de História [14]; João Pessoa, jan./jun. 2006, pp. 121-138.
PAIM, E. A.; GASPARETO, S. A. K. Aspectos da construção histórica do Movimento de Mulheres Camponesas e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra em Santa Catarina. Cadernos do CEOM, Chapecó, Ano 20, n. 27, 2007, pp. 211-255.
PAULILO, M. I. S. O Peso do Trabalho Leve. Revista Ciência Hoje, Rio de Janeiro, n° 28/1987.
PAULILO, M. I. S. Trabalho familiar: uma categoria esquecida de análise. Estudos Feministas, Florianópolis, 12(1), 2004, pp. 229-252.
PAULILO, M. I.; SILVA, C. B. A luta das mulheres agricultoras: entrevista com Dona Adélia Schmitz. Estudos Feministas, Florianópolis, 15(2), maio-agosto, 2007, pp. 399-417.
POLI, J. Caboclo: pioneirismo e marginalização. Cadernos do CEOM, Chapecó, Ano 19, n. 23, 2006, pp. 149-187.
RENK, A. Catolicismo popular e etnicidade no Oeste Catarinense. Revista Grifos,Chapecó, n° 25, 2008, pp. 59-70.
ROSSETTO, S. Síntese Histórica da Região Oeste. Cadernos do CEOM, v. 1, n. 1 (1986), reeditado no v. 4 (1989), pp. 7-15
SARTI, C. A. O feminismo brasileiro desde os anos 1970: revisitando uma trajetória. Estudos Feministas, Florianópolis, 12(2), pp. 35-50, maio-agosto/2004.
SAVOLDI, A.; GEROLDI, J.; RENK, A. Presença da “luta” com Chica Pelega: Narrativas caboclas nas experiências cotidianas. In: Fazendo Gênero, 9, Florianópolis, Anais Fazendo Gênero: Diásporas, Diversidades, Deslocamentos, Florianópolis, 2010.
SILIPRANDI, E. C. Mulheres e agroecologia: a construção de novos sujeitos políticos na agricultura familiar. Brasília, 2009, 291f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) - Centro de Desenvolvimento Sustentável, UNB, 2009.
SOUZA, M. F. B. A participação das mulheres na elaboração da Constituição de 1988. In: Volume I - Constituição de 1988: O Brasil 20 anos depois. Os Alicerces da Redemocratização. 2008. Disponível em: http://goo.gl/OMDLmp. Acesso em: 11/11/2015.
VICENZI, R. Colonizadora Bertaso e a (des) ocupação no Oeste Catarinense. Cadernos do CEOM, Chapecó, Ano 19, n. 25, 2006, pp. 301-318.
WANDERLEY, M. N. B. Agricultura familiar e campesinato: rupturas e continuidade. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, 21, Outubro, 2003, pp. 42-61.
WOORTMANN, K. “Com Parente Não se Neguceia”: O Campesinato Como Ordem Moral. Anuário Antropológico, 1987. Brasília, 1990, pp. 11-73.