https://raizes.revistas.ufcg.edu.br/index.php/raizes/issue/feed Raízes: Revista de Ciências Sociais e Econômicas 2024-04-24T19:33:41-03:00 Revista Raízes raizes@setor.ufcg.edu.br Open Journal Systems <p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt; text-align: justify;">Raízes: Revista de Ciências Sociais e Econômicas é uma publicação de livre acesso, criada em 1982 e publicada semestralmente pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Campina Grande. A revista se dedicada aos temas relativos ao mundo rural e à questão ambiental, com enfoque interdisciplinar, que tem como missão divulgar pesquisas e reflexões de pesquisadores brasileiros e de universidades e outras instituições de pesquisa internacionais.</p> https://raizes.revistas.ufcg.edu.br/index.php/raizes/article/view/816 A comunidade que sustenta a agricultura, segundo olhar de agricultores e consumidores de feiras agroecológicas de Aracaju, Sergipe 2024-04-24T19:33:05-03:00 Rita de Cássia Lisboa Ribeiro cassialisboar@gmail.com Kiriaque Barra Ferreira Barbosa kiribarra@yahoo.com.br Andhressa Araújo Fagundes afagundes16@gmail.com <p style="font-weight: 400;">A conformação atual do sistema alimentar mundial tem promovido padrões de produção e consumo cada vez mais padronizados, colocando em risco a soberania dos povos. Diante deste cenário, a Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA), movimento pautado na agricultura de base ecológica, surgiu para contribuir com a garantia da Soberania e da Segurança Alimentar e Nutricional, melhorar os hábitos alimentares dos consumidores e fortalecer a agricultura local. Este artigo analisa o olhar de agricultores familiares e consumidores de feiras agroecológicas em uma capital no Nordeste brasileiro sobre a CSA. O estudo qualitativo realizou entrevistas semiestruturadas nas feiras agroecológicas junto a sete agricultores familiares e dez consumidores. Os resultados mostraram a vulnerabilidade social e financeira dos agricultores familiares, que enxergam na CSA uma oportunidade de segurança e renda. Os consumidores que apresentaram melhor <em>status</em> econômico têm perspectivas relacionadas a interesses de saúde, justiça social e solidariedade. Agricultores e consumidores desconheciam o movimento da CSA, e, mesmo aqueles que afirmaram conhecê-lo, não souberam descrevê-lo adequadamente. Após esclarecido, todos afirmaram o interesse em participar de uma CSA. Foram destacados como possíveis dificuldades a serem enfrentadas em um modelo de CSA o acompanhamento do processo de produção dos alimentos, o diálogo entre os atores envolvidos e o risco de perder dinheiro. Conclui-se que a CSA tem espaço para crescimento em Sergipe, tanto pelos agricultores quanto pelos consumidores.</p> 2023-06-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://raizes.revistas.ufcg.edu.br/index.php/raizes/article/view/817 A universidade como mediadora social 2024-04-24T19:33:03-03:00 Laynara Santos Almeida laynara.almeida@hotmail.com Rodolfo B. de M. Lobato da Costa rodolfolobato@ufpr.br <p style="font-weight: 400;">Este artigo analisa a posição da academia como mediadora social a partir de diferentes projetos de ensino, pesquisa e extensão, com foco na Comunidade Agroflorestal José Lutzenberger, localizada no litoral do Paraná. Inserida na Área de Proteção Ambiental Federal de Guaraqueçaba e diante de um conjunto de desafios agrários e ambientais, identificaremos como as diferentes formas de resistência relacionam-se com a produção de conhecimentos mobilizados pela academia, uma cooperação entre a Universidade Federal do Paraná e o movimento social organizado, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. A pesquisa-ação e a observação participante apareceram como estratégias metodológicas para assessorar processos jurídicos, sociais e de pesquisa para a consolidação da comunidade e a promoção da política pública de reforma agrária.</p> 2023-06-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://raizes.revistas.ufcg.edu.br/index.php/raizes/article/view/818 Mercado de trabalho, incorporação das tecnologias mecânicas e o reforço das assimetrias regionais na produção canavieira brasileira 2024-04-24T19:33:01-03:00 José Rodolfo Tenório Lima jrtlima@gmail.com Bruno Setton Gonçalves bruno.setton@arapiraca.ufal.br Rodrigo Pereyra de Sousa Coelho rodrigo.coelho@arapiraca.ufal.br <p style="font-weight: 400;">No século XXI, a lavoura canavieira começou a se expandir fortemente no território nacional. Este novo ciclo expansionista passa a ser marcado pela intensa mecanização dos processos de produção canavieira. Tal contexto acaba por gerar alterações no mercado de trabalho. Por conta disso, este artigo pretende analisar, regionalmente, a relação entre o avanço da mecanização, a ampliação das áreas cultivadas, as variações de rendimentos do trabalho e o total de empregos gerados nesta atividade. A abordagem quantitativa foi predominante na realização da investigação. O recorte temporal estabelecido se deu entre os anos de 2008 e 2018. O levantamento dos dados foi realizado em bases oficiais e em órgãos representativos do setor canavieiro. Para empreender as análises, recorreu-se ao coeficiente de correlação de <em>Pearson</em> a partir da segmentação em dois blocos: um primeiro formado pela região Norte-Nordeste e um segundo formado pela região Centro-Sul. Os resultados apontam para a existência, com graus variados de força, de correlações positivas ou negativas entre as variáveis analisadas. Contudo, os resultados demonstram a existência de movimentos distintos e antagônicos entre as regiões produtoras. Tal ocorrência nos permite identificar que a cultura canavieira e seus desdobramentos, neste novo ciclo, intensificaram as assimetrias existentes entre as regiões produtoras no tocante ao mercado de trabalho.</p> 2023-06-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://raizes.revistas.ufcg.edu.br/index.php/raizes/article/view/819 Conhecimentos, práticas e organizações camponesas na Jornada de Agroecologia do Paraná 2024-04-24T19:32:57-03:00 Brendo Henrique da Silva Costa brendohenrique08@gmail.com Angélica Servegnini de Wallau angelicawallau@gmail.com Josiane Carine Wedig josiwedig@gmail.com <p style="font-weight: 400;">Neste artigo, analisa-se a Jornada de Agroecologia do Paraná, considerando como os movimentos sociais e organizações camponesas passaram a se mobilizar pela defesa da agroecologia. Busca-se compreender como essa articulação coletiva contribui para a reivindicação de políticas públicas voltadas para essa pauta. Além disso, aborda-se os sentidos que as pessoas que participam desse evento atribuem à agroecologia, e como a participação na Jornada se relaciona com as práticas cotidianas da agricultura camponesa para a produção de alimentos saudáveis. O percurso metodológico se pautou em pesquisa qualitativa, com análise documental – principalmente das cartas-manifestos elaboradas em cada um dos encontros –, além de observação participante e entrevistas semiestruturadas. Verificou-se que esse é um espaço de mobilização pela valorização da agricultura camponesa, de proposição de políticas públicas, de defesa e ampliação de processos de formação técnica em agroecologia, além de evidenciar o protagonismo de jovens e mulheres.</p> 2023-06-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://raizes.revistas.ufcg.edu.br/index.php/raizes/article/view/820 Memória, recalque e questão agrária no Brasil 2024-04-24T19:32:55-03:00 Débora F. Lerrer deboralerrer@ufrrj.br <div> <p><span class="hps">A concertação política do agronegócio, composta por grupos políticos contrários à democratização da terra visa desmantelar as conquistas obtidas na Constituição de 1988, como se assistiu tanto em medidas do Legislativo, quanto do Executivo, sobretudo a partir do Golpe de 2016, como também durante as gestões federais lideradas pelo Partido dos Trabalhadores. Este trabalho, ao usar o conceito de “recalque” para explicar como esta ofensiva foi possível, parte do ponto de vista de que a marginalização política da questão agrária brasileira é resultado do enquadramento de memória que se estabilizou a partir do Golpe de 64, que se associa com os efeitos concretos da “modernização conservadora” da agricultura por parte da ditadura empresarial-militar. Através de levantamento bibliográfico e trabalho de campo, foi possível verificar que várias iniciativas políticas implementadas pelos governos petistas, voltadas para as populações pobres do campo, esvaziaram e “silenciaram” seu conteúdo agrário, enquanto os atores mais poderosos dos governos de coalizão do PT contribuíram para a fragmentação dessas lutas, omitindo seus ganhos concretos e revelando a incompreensão da centralidade estrutural da questão agrária na gestão política das contradições sociais do Brasil.</span></p> </div> 2023-06-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 https://raizes.revistas.ufcg.edu.br/index.php/raizes/article/view/822 Camponeses da Borborema 2024-04-24T19:32:51-03:00 Márcio Caniello caniello@ufcg.edu.br <p>Este trabalho visa, primeiramente, reportar a trajetória histórica da resiliência camponesa no Compartimento da Borborema – conglomerado de territórios rurais situado no estado da Paraíba – propiciada pela formação de um “capital social” vigoroso resultante, por um lado, de sua reconfiguração organizativa anos 1970/1980, sob os influxos do “novo sindicalismo” e, por outro, devido aos processos de conversão produtiva em que se envolveram e protagonizaram nos anos 1990/2000, especialmente a adoção do paradigma da “convivência com o semiárido” e a implementação “transição agroecológica”. Em segundo lugar, procura-se demonstrar que essa dialética revelou a visão de futuro dos camponeses da Borborema, pois estes viriam a acessar de maneira particularmente eficaz o conjunto de políticas públicas inovadoras implementado pelos governos de Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (2003-2016), particularmente o Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios Rurais (PRONAT).</p> 2024-04-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Raízes: Revista de Ciências Sociais e Econômicas https://raizes.revistas.ufcg.edu.br/index.php/raizes/article/view/839 A agricultura familiar na revista SuperHiper 2024-04-24T19:33:41-03:00 João Rafael Gomes de Morais joao.rafael@yahoo.com.br Roberto de Sousa Miranda robertosmiranda@ufape.edu.br <p>Dentro do varejo alimentar brasileiro, a Revista SuperHiper tem desempenhado um papel estratégico ao fornecer informações, análises e insights relevantes para profissionais e empresários do setor. As matérias veiculadas na revista abordam e refletem, em certa medida, o conjunto de demandas e tendências supermercadistas, incluindo a incorporação da agricultura familiar em seus discursos, ações e notícias. Por esta razão, o objetivo deste artigo é examinar os contextos e as representações expressas nas matérias publicadas na Revista SuperHiper sobre a agricultura familiar e os supermercados, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2022. A pesquisa documental, de caráter exploratório, esboça como o varejo alimentar brasileiro está concebendo e percebendo a participação da agricultura familiar nas cadeias de abastecimento supermercadistas. Os resultados da pesquisa apontam que está em curso um processo de valorização e visibilidade dos alimentos de origem familiar; no entanto, essa dinâmica está sujeita a agendas e demandas em constante mudança, sofrendo influências tanto internas quanto externas ao setor supermercadista, variando ao longo do espaço-tempo conforme as demandas sociais e os incentivos e restrições dos ambientes institucionais e políticos.</p> 2024-04-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Raízes: Revista de Ciências Sociais e Econômicas https://raizes.revistas.ufcg.edu.br/index.php/raizes/article/view/823 Agronegócio 2024-04-24T19:32:50-03:00 Cynthia Xavier de Carvalho cynthia.carvalho@ufpe.br Edgard Malagodi edgardmalagodi@gmail.com <p style="font-weight: 400;">O artigo propõe mostrar como, na visão da agropecuária enquanto negócio, estão embutidos vários problemas que comprometem a qualidade de vida da população e ameaçam a reprodução de milhões de pequenos produtores familiares do setor agrário do país. São apresentados argumentos sintetizados em três consequências do agronegócio: aumento da fome no mundo; especulação imobiliária e aumento do preço da terra; e desmonte das políticas públicas e trabalho escravo. Conclui-se que o slogan aparentemente inocente “agro é pop, agro é tech” está ligado a todo um projeto amplo que coloca a relevância dos produtos da terra, especialmente dos grãos, como a soja, o milho, o trigo e o arroz, no seu aspecto especulativo-comercial e no seu resultado financeiro.</p> 2024-04-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Raízes: Revista de Ciências Sociais e Econômicas