A longa emergência da agricultura familiar: relações entre atividade agrícola, atores sociais e formas de intervenção do estado no Agreste Paraibano
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Abstract
No Brasil, o desenvolvimento da agricultura familiar e das atividades produtivas é o resultado das formas de intervenção do Estado, das estratégias dos atores locais e das próprias características físicas das regiões. Para ilustrar a relação entre estes elementos, analisamos a trajetória da agricultura familiar no Agreste paraibano, que, além das particularidades ambientais e sociais, foi objeto de um número de propostas e políticas governamentais. Toma-se como referência um recorte temporal de longo prazo. Destacamos também três períodos que foram importantes na região: o peso da dominação político-fundiária e do mercado internacional da primeira República até o golpe militar (1964), valorizando as culturas de exportação (algodão, sisal, cana-de-açúcar); o fortalecimento da modernização, a pecuarização da região e o processo de concentração fundiária de 1964 até o fim do período militar e, enfim, de 1985 até hoje, com o desenvolvimento de modelos alternativos de produção agrícola. Destacamos o desenvolvimento da agricultura familiar que, entre dinâmicas de retração e expansão, oscilou entre processos de campesinização, descampesinização e recampesinização no meio rural.
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