Agricultores e imigrantes na Europa do Sul estratégias sem margem de manobra
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Abstract
Na região andaluza, no sul da Espanha, encontra-se concentrada uma grande produção de frutas e legumes, da qual mais da metade é exportada para toda a União européia. Esta produção se desenvolve nas explorações familiares, com métodos muito intensivos, as vezes em capital e em trabalho, aplicando técnicas avançadas, graças a uma força de trabalho proveniente do estrangeiro (Marrocos, África, América Latina e atualmente da Europa do Leste), assalariada a baixos preços. O artigo estuda as modalidades e os mecanismos do emprego de trabalhadores imigrados que fornecem esta força de trabalho temporária. Para os produtores, a utilização dos imigrantes permite completar a força de trabalho familiar, bastante insuficiente nos períodos de pique. Para os imigrantes a demanda dos produtores oferece a possibilidade de um emprego a trabalhadores sem qualificação, normalmente clandestinos e sem recursos. Nesse mercado de trabalho dominado pelos agricultores, o emprego dos imigrantes constitui um fator decisivo de redução de custos na concorrência em que se confrontam as regiões européias e a bacia mediterrânea para a produção de frutas e legumes.
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