A gênese supermercadista: das resistências às inovações do autosserviço (agro)alimentar
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Abstract
O objetivo do artigo é analisar a ideia de autosserviço enquanto inovação propulsora do setor supermercadista dentro do sistema (agro)alimentar. Na investigação bibliográfica exploratória realizada nesta pesquisa, buscamos compreender as nuances das concepções de supermercados e autosserviço através da reconstituição da trajetória de criação e difusão do modelo varejista em diversos países, com ênfase na realidade brasileira, descrevendo seus formatos e sua lógica de funcionamento, num exercício de apreensão das práticas socioeconômicas que esse tipo de equipamento de distribuição alimentar emana. De modo suplementar, o exame sobre a literatura também nos possibilitou identificar as resistências sociais e institucionais que o autosserviço alimentar enfrentou na fase inicial de implantação no Brasil. Os resultados da pesquisa mostraram que a concepção de supermercado está diretamente relacionada à ideia de autosserviço. O conjunto de atores que compõem o sistema (agro)alimentar define a estrutura supermercadista de autosserviço à luz dos mais variados critérios. O modelo de autosserviço é manejado e (re)significado por inúmeros atores sociais dos mais diversos portes. Um exemplo disto é a constituição de pequenos negócios de autosserviço por parte do MST e o MPA. De certa forma, esses movimentos criaram novos formatos de distribuição alimentar ao revestir suas lojas com suas práticas socioeconômicas, políticas e culturais.
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