Ensaio sobre as relações sociais de produção nas estâncias do Rio Grande do Sul
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Abstract
Neste artigo, analisamos as relações sociais de produção constituídas nas estâncias do Rio Grande do Sul, com enfoque para as condições materiais e simbólicas que se estabeleceram nas interações das diferentes categorias de trabalhadores com os proprietários de terra denominados estancieiros. A literatura sobre o tema tem se debruçado sobre as dinâmicas relativas às estâncias no século XIX, prioritariamente. Aqui, analisamos transformações a partir dos anos 1940-1980, de forte ascensão social dos estancieiros e de oficialização de um estatuto do trabalho rural (1963), considerando suas repercussões sobre as relações de produção atuais. Os dados foram produzidos a partir de entrevistas com vinte e três trabalhadores/as, ou seja, com os estratos de baixo do espaço social. Nossos resultados iniciais apontam para insuficiências nas categorias trabalho assalariado e pecuária familiar na análise das condições em que a reprodução social de grupos familiares de trabalhadores/as se vinculam às grandes propriedades rurais.
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