Patrimônio cultural, representação e poder desafios à prática antropológica
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Abstract
O presente trabalho discute a atuação dos antropólogos em pesquisas que subsidiam processo de patrimonialização, especialmente nas pesquisas promovidas pelo IPHAN, no contexto do Inventário Nacional de Referências Culturais - INRC. Inicialmente, procuro situar diferentes momentos das políticas de patrimônio no Brasil, mostrando que a atuação dos antropólogos ou de uma perspectiva antropológica no campo do patrimônio cultural acompanha o próprio alargamento desse conceito, com o advento de novas narrativas nacionais sobre patrimônio e com o protagonismo dos bens de caráter imaterial. Em um segundo momento, abordo a pesquisa de campo em inventários patrimoniais, situando diferentes dimensões, quase sempre conflitantes, presentes na prática do antropólogo. Concluo o artigo apresentando alguns desafios teórico-metodológicos para o campo do patrimônio cultural, considerando que alguns conceitos nele implicados estão (há décadas) sendo repensados e o fato de não lidarmos mais com realidades fixas, localizadas e simbolizadas, mas com culturas e identidades em fluxo e trânsito constantes.
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