Juventud rural lo que dice la literatura y algunas preguntas para una agenda de investigación y políticas
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Resumen
Las transformaciones del mundo rural en las últimas décadas han impactado decisivamente a la juventud. Este artículo analiza cómo la literatura de las ciencias sociales ha interpretado esta situación y, a partir de ello, identifica un conjunto de temas y cuestiones para el debate público y la investigación científica. Se parte de la clasificación de los principales enfoques sobre el tema, pasando por las políticas públicas implementadas en Brasil en 2000-2010, para finalmente esbozar cuestiones relevantes para una agenda. Un argumento clave es que este grupo social enfrenta una doble transición. La primera, común a distintos jóvenes: el paso de la infancia y adolescencia a la búsqueda de autonomía familiar y la tensión entre apoyarse en el legado de generaciones anteriores y, a la vez, superarlas para reposicionarse en un contexto distinto al pasado. La segunda transición es propia del mundo rural, marcada por el cambio en los procesos que constituyen la condición rural como campo de posibilidades de futuro. En este contexto, surge una paradoja: la necesidad de (re)valorizar los elementos distintivos de la ruralidad como base de su identidad y cohesión social, pero también dejar atrás prácticas y tradiciones que, aunque asociadas a la ruralidad, ya no se aplican a un mundo significativamente distinto.
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